Um blog sobre as minhas aventuras na faculdade de psicologia

sexta-feira, 19 de junho de 2015

Uma caixa de mistérios...



Oi gente! Finalmente pude abrir o presente da minha vó Laura... Só não entendi nada dessas coisas! Realmente é tudo muito antigo, mas o que eu tenho a ver com isso? O que minha avó espera que eu faça com essas coisas e, principalmente, quem são essas pessoas? Não faço ideia!

Talvez seja uma oportunidade para usar meus “talentos” de internet para procurar algumas explicações... quem quer me ajudar nessa? O primeiro objeto que me chamou a atenção, e que parece o mais antigo, é essa carta, endereçada à minha avó. Ela foi enviada de SP para NY, quando minha avó ainda estava por lá por alguém que, aparentemente, a conheceu em Columbia.
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Um dos assuntos da carta é o professor Keller... será o mesmo Keller que a gente já conhece aqui no Brasil? Bom, não devem existir muitos professores chamados Keller que inspiram as pessoas a cursar Psicologia, não é mesmo? Então quem é essa pessoa, M.R.P, que sabia tanto sobre o professor desde o começo?

E aí? Vocês têm algum palpite sobre quem pode ser M.R.P e qual o papel dessa pessoa na história?

Escreva aí nos comentários!

9 comentários:

  1. MRP é Mirtes Rodrigues do Prado. Ela foi aluna de Keller na Universidade de Columbia e depois disso teve a ideia de convidá-lo para o Brasil. Sabendo que Keller teria um ano sabático em 1961, falou com o reitor Paulo Sawaya, que então convidou Keller para passar o ano sabático na USP. Assim, Keller passou o ano no Brasil, quando ministrou duas disciplinas (História da Psicologia e Psicologia Comparada e Animal).

    Equipe: Skinner rainha, Freud nadinha

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  2. Gente que legal que vocês descobriram quem escreveu a carta para a minha avó! Muito obrigada, Camila e Felipe!
    Não deixem de trazer mais informações, eu estou ficando cada vez mais interessada em entender essa história!
    Uma coisa que eu gostaria de entender melhor, é a relação dessa Mirtes(?) tão misteriosa com o professor keller...

    Isso faz eu me perguntar quantos meses durou essa troca de correspondências e como foi o reencontro deles no Brasil... Será que vocês conseguem me ajudar a descobrir isso?

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  3. Equipe Puckemóns: As correspondencias duraram de maio a dezembro de 1959 e o keller relatou não ter se reencontrado com Mirtes.

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  4. Hmmm, então o que sabemos até agora é: Essa aluna do professor Keller intermediou o contato dele com o professor Paulo e, em 1961, ele veio ao Brasil para trabalhar na USP.
    Eu gostaria de saber mais sobre as atividades dele por lá. O que vocês conseguiram encontrar sobre os anos do Keller no Brasil e os trabalhos desenvolvidos por ele por aqui?

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    3. EQUIPE: monitores operantes: unidos pela contingência.
      Keller ficou no Brasil durante o ano de 1961, onde ministrou a disciplina de Psicologia Experimental no curso de Psicologia da USP, fazendo uso de conteúdo pragmático em Análise do Comportamento, além de exercícios práticos de laboratório. Antes de voltar aos Estados Unidos, o professor Keller convidou sua equipe, nomeado por ele de “Old Gang”, sendo esses: Rodolpho, Carolina, Maria Amélia, Maria Inês e Dora, que também eram alunas do curso de Psicologia, a fazer um Doutorado nos Estados Unidos. Seu objetivo era ampliar a bagagem teórica dos mesmos para que futuramente pudessem trabalhar na divulgação e ampliação da Análise do Comportamento no Brasil. Também convenceu a USP a convidar Gilmour Sherman, seu colega na Universidade de Columbia, a continuar seus trabalhos na universidade, o que deu novo impulso ao laboratório experimental.

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  5. Equipe Puckemons: Fred S. KeIIer veio ao Brasil em 1961, após o convite de uma aluna chamada Mirtes Rodrigues do Prado, em 1959, formalizado depois pelo Prof. Paulo Sawaya, diretor da FFCLH-USP. Keller ficou durante um ano no país, ministrou duas disciplinas optativas, uma sobre História da Psicologia e outra sobre Psicologia Comparada e Animal. No segundo semestre daquele ano, iniciou propriamente o curso de Psicologia Experimental, oferecida no terceiro ano da graduação, Com Carolina Bori and Rodolpho Azzi como professores assistentes. Entre os alunos, deu aula parapersonalidades como Maria Inês Rocha e Silva, Maria Amélia Matos; Rodolpho Azzi, Carolina Bori, João Cláudio Todorov, Luiz Otávio Seixas de Queiroz e Marília Ancona Lopez.
    Usando o departamento de fisiologia da USP como laboratório, Keller lecionava usando exercícios práticos através de material improvisado, concluindo inclusive um experimento sobre o efeito do atraso de reforço na aprendizagem, publicado no Journal of the Experimental Analysis of Behaviour. Keller ainda neste anotrabalhou no primeiro dicionário inglês-português da terminologia operante.
    Após o sucesso de seu trabalho, Keller, Rodolpho Azzi e Carolina Bori foram convidados pela Universidade de Brasília (UnB) para implantação de seu primeiro curso de psicologia, aplicando e desenvolvento o denominado Sistema Personalizado de Ensino (PSI), implantado posteriormente na universidade por Carolina Bori.

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