Um blog sobre as minhas aventuras na faculdade de psicologia

sexta-feira, 10 de julho de 2015

O cubículo da... Rachel

Geeeente, quanta coisa legal que eu aprendi com a ajuda de vocês nessa semana! Depois que a Camila Oliveira comentou eu fiquei muito intrigada com essa história de cubículo da Rachel... Aí fiquei pensando no que o professor Cantor disse no ultimo comentário dele e fiquei testando a senha na “Área Restrita 2” do blog dele. Testei  "CubículodaRachel", "cubiculodarachel" e finalmente ao digitar  senha “cubículodarachel” eu consegui acessar  o conteúdo escondido.
A Rachel da foto é a Rachel Kerbauy! 

Finalmente eu entendi que essa foto não era uma brincadeira da minha avó com o meu nome... Não era sobre mim, mas sobre uma pessoa bastante importante na história da Análise do Comportamento no Brasil.



Olhem só algumas das coisas que o meu professor escreveu sobre a Rachel e outras pessoas no período de instalação do curso de Psicologia na UnB:

“A mudança dos professores e demais pesquisadores convidados para atuarem como monitores para Brasília ocorreu em 1964. Algumas dessas pessoas foram Carolina Bori, Rodolpho Azzi, Isaias Pessotti, Gil Sherman e Fred Keller e aos alunos Mario Guidi, João Cláudio Todorov, Luís Otávio Seixas Queiroz, Rachel Rodrigues Kerbauy, Luís Oliveira, Herma Drachenberg.

No novo curso de Psicologia, a introdução à Análise do Comportamento foi organizada em um curso de dois semestres. No primeiro semestre (IAEC1) o curso era semelhante ao planejado por Keller e Schoenfeld em Columbia usando como base o livro Princípios de Psicologia destes autores. O segundo semestre incluía leituras, demonstrações e experimentos relacionados ao comportamento humano, com traduções para o português de alguns dos primeiros trabalhos de análise experimental do comportamento humano. O andamento da disciplina só era possível com o auxílio de monitores que acompanhavam o desenvolvimento das atividades com cada aluno em seu próprio ritmo.

As salas dos monitores ficavam no Bloco SG-11 da UnB e a foto que você não entendeu direito, querida aluna era de uma então aluna de pós-graduação e monitora do curso de Psicologia que se chamava Rachel. Muito provavelmente você já ouviu esse nome. De qualquer forma, talvez lhe escapem alguns detalhes, então conto aqui um pouco quem foi essa pessoa.

Rachel Kerbauy graduou-se em Pedadogia pela Sedes Sapientiae (1955), mas enquanto trabalhava com docência, questionava um pouco o que era tratado como “Psicologia” em suas classes. Ao ouvir falar sobre a presença de um professor de Psicologia na USP entrou em contato com a Universidade e descobriu que o professor sobre quem ouviu falar já havia retornado aos Estados Unidos (sim, era o professor Keller!), mas que outro docente americano estava lá. Assistiu então aulas de Gil Sherman e passou a se interessar ainda mais por Psicologia Experimental. Viajou à França para fazer uma especialização e ao retornar resolveu submeter um projeto sobre Discriminação Operante à FAPESP. Aconselhada por Rodolpho Azzi, não submeteu o projeto e se juntou ao grupo de professores e estudantes que foram até Brasília fundar o curso de Psicologia.

Bem… Muitas coisas aconteceram depois disso. Rachel deu continuidade à sua carreira acadêmica, fazendo Mestrado e Doutorado orientada pela professora Carolina Bori na USP e teve trabalhos muito reconhecidos no campo da terapia comportamental. Infelizmente, Rachel nos deixou este ano no dia 21/03, mas suas contribuições à Análise do Comportamento são seu legado inquestionável.”

E assim, mais uma parte do mistério é revelada. Agora, temos apenas mais um objeto para desvendar... logo logo eu venho com mais detalhes!

Até mais!

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